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Missa,
ou Celebração Eucarística,
é um ato solene com que os católicos
celebram o sacrifício de Jesus Cristo
na cruz, recordando a Última Ceia.
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A
LITURGIA DA IGREJA CATÓLICA
A Missa Passo a Passo - Rito da Palavra
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O
Rito da Palavra é a segunda parte da
missa, e também a segunda mais importante,
ficando atrás somente do Rito Sacramental,
que é o auge de toda celebração.
Iniciamos esta parte sentados, numa posição
cômoda que facilita a instrução.
Normalmente são feitas três leituras
extraídas da Bíblia: em geral
um texto do Antigo Testamento, um texto epistolar
do Novo Testamento e um texto do Evangelho de
Jesus Cristo, respectivamente. Isto, porém,
não significa que será sempre
assim; às vezes a 1ª leitura cede
espaço para um outro texto do Novo Testamento,
como o Apocalipse, e a 2ª leitura, para
um texto extraído dos Atos dos Apóstolos;
é raro acontecer, mas acontece... Fixo
mesmo, apenas o Evangelho, que será extraído
do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João.
Em algumas celebrações, temos
apenas duas leituras (durante a semana), noutras
chegamos a ter onze leituras (vigília
pascal)! |
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Analisemos melhor o Rito da Palavra:
1. COMENTÁRIO À PRIMEIRA
LEITURA
O comentário à primeira leitura
tem como objetivo fazer uma breve introdução
ao texto bíblico que será lido
a seguir pelo leitor. Chama a atenção
para algum ponto que será abordado na
leitura.
O comentário, como é possível
de se deduzir, é feito pelo mesmo comentarista
que deu início à celebração. |
2. PRIMEIRA LEITURA
Como já dissemos, a primeira leitura
costuma a ser extraída do Antigo Testamento.
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Isto
é feito para demonstrar que já
o Antigo Testamento previa a vinda de Jesus
e que Ele mesmo o cumpriu (cf. Mt 5,17).
De fato, não poucas vezes os evangelistas
citam passagens do Antigo Testamento, principalmente
dos profetas, provando que Jesus era o Messias
que estava para vir.
A importância de lermos o Antigo Testamento
- que muitos declaram estar definitivamente
suplantado pelo Novo Testamento -, como afirma
o pe. Luiz Cechinatto, em sua obra. |
"A
Missa Parte por Parte", está no
fato de que "precisamos conhecê-lo
para entender a história de nossa Salvação
e vermos o longo caminho andado até a
chegada do Messias. Aquele passado distante
faz parte do processo amoroso de Deus, que quis
caminhar conosco falando a nossa linguagem".
O leitor, então, começa a ler
o texto e, ao concluir, diz: "Palavra do
Senhor" e a comunidade responde com fé:
"Graças a Deus!. |
O
leitor deve ler o texto com calma e de forma
clara. Por esse motivo, não é
recomendável escolher os leitores poucos
instantes antes do início da missa, principalmente
pessoas que não têm o costume de
freqüentar aquela comunidade. Quando isso
acontece e o "leitor", na hora da
leitura, começa a gaguejar, a cometer
erros de leitura e de português, podemos
ter a certeza de que, quando ele disser: "Palavra
do Senhor", a resposta da comunidade, "Graças
a Deus", não se referirá
aos frutos rendidos pela leitura mas sim pelo
alívio do término de tamanha catástrofe!
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Ora,
se a fé vem pelo ouvido, como declara
o Apóstolo, certamente o leitor deve
ser uma pessoa preparada para exercer esse ministério;
assim, é interessante que a Equipe de
Celebração seja formada, também,
por leitores "profissionais", ou seja,
especial e previamente selecionados. |
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3.
SALMO RESPONSORIAL / CANTO DE MEDITAÇÃO
O Salmo Responsorial também é
retirado da Bíblia, quase sempre (em
99% dos casos) do livro dos Salmos. Muitas comunidades
recitam-no, mas o correto mesmo é cantá-lo...
Por isso uma ou outra comunidade possui, além
do cantor, um salmista, já que muitas
vezes o salmo exige uma certa criatividade e
espontaneidade, uma vez que as traduções
do hebraico (ou grego) para o português
nem sempre conseguem manter a métrica
ou a beleza do original.
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Assim,
quando cantado, acaba lembrando um pouco o
canto gregoriano e, em virtude da dificuldade
que exige para sua execução,
acaba sendo simplesmente - como já
dissemos
- recitado (perdendo mais ainda sua beleza)
ou substituído pelo chamado Canto de
Meditação.
O Canto de Meditação, como o
próprio nome já diz, tem como
função ajudar a comunidade rezar
e meditar sobre a Palavra de Deus que está
sendo lida. Esse tipo de substituição
é válido quando a mensagem desse
canto tem ligação com o "tema"
da missa, fato que é difícil
de acontecer se comparado com a diversidade
de temas proporcionado pelos Salmos.
Seja usando o Salmo cantado ou recitado, ou,
ao invés, o Canto de Meditação,
deve toda a Assembléia cantar ou repetir
o refrão.
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4.
COMENTÁRIO À SEGUNDA LEITURA
Tem o mesmo objetivo da primeira leitura,
só que fazendo menção
ao texto que será lido em seguida,
isto é, na segunda leitura.
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5.
SEGUNDA LEITURA
Da mesma forma como a primeira leitura tem como
costume usar textos do Antigo Testamento, a
segunda leitura tem como característica
extrair textos do Novo Testamento, das cartas
escritas pelos apóstolos (Paulo, Tiago,
Pedro, João e Judas), mais notadamente
as escritas por São Paulo.
Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar
o vivo ensinamento dos Apóstolos dirigido
às comunidades cristãs. A segunda
leitura deve ser encerrada de modo idêntico
ao da primeira leitura, com o leitor exclamando:
"Palavra do Senhor!" e a comunidade
respondendo com: "Graças a Deus!".
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6.
COMENTÁRIO AO EVANGELHO
Assim como os anteriores, este comentário
chama à atenção para
algum ensinamento de Jesus Cristo, nosso Senhor
e Salvador.
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7.
CANTO DE ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Feito o comentário ao Evangelho, o
cantor convida a assembléia a se por
de pé, para aclamar as palavras de
Jesus.
O Canto de Aclamação tem como
característica distintiva a palavra
"Aleluia", um termo hebraico que
significa "louvai o Senhor". Na
verdade, estamos felizes em poder ouvir as
palavras de Jesus e estamos saudando-O como
fizeram as multidões quando Ele adentrou
Jerusalém no domingo de Ramos.
Percebemos, assim, que o Canto de Aclamação,
da mesma forma que o Hino de Louvor, não
pode ser cantado sem alegria, sem vida. Seria
como se não confiássemos Naquele
que dá a vida e que vem até
nós para pregar a palavra da Salvação.
Comprovando este nosso ponto de vista está
o fato de que durante o tempo da Quaresma
e do Advento, tempos de preparação
para a alegria maior, também a palavra
"Aleluia" não aparece no
Canto de Aclamação ao Evangelho.
Durante sua execução, a Bíblia
pode ser trazida até o sacerdote, em
procissão, representando a chegada
do próprio Senhor...
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8.
O SINAL DA CRUZ
Recebida a Bíblia (quando for o caso)
e concluído o Canto de Aclamação
ao Evangelho, o sacerdote se inclina diante
do altar e reza em voz baixa: "Ó
Deus todo-poderoso, purificai-me o coração
e os lábios, para que eu anuncie dignamente
o vosso Santo Evangelho."
Se, ao invés do sacerdote, for o diácono
quem irá proclamar o Evangelho, deverá
ele se dirigir até a frente do sacerdote
e, inclinado, pedir-lhe em voz baixa: |
•
Diácono: "Peço a sua bênção."
• Sacerdote: "O Senhor esteja em
teu coração e em teus lábios,
para que possas anunciar dignamente o seu
Evangelho. Em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo."
• Diácono: "Amém."
Depois disso, entrará (o sacerdote
ou o diácono) em diálogo com
a comunidade, dizendo:
• Sacerd/Diác: "O Senhor
esteja convosco!"
• Assembléia: "Ele está
no meio de nós!"
• Sacerd/Diác: "Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo, segundo (nome
do evangelista).
• Assembléia: "Glória
a vós, Senhor!"
Então, o sacerdote ou diácono
faz o sinal da cruz sobre a Bíblia
e também sobre a testa, sobre a boca
e sobre o peito (neste caso, rezando em silêncio:
"Pelo sinal da Santa Cruz, livre-nos
Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos");
e cada fiel persigna o sinal da cruz amplo
sobre si mesmo.
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9.
EVANGELHO
Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se
estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote
ou o diácono (depende de quem for ler
o texto), incensará a Bíblia e,
logo a seguir, iniciará a leitura do
texto.
O texto do Evangelho é sempre retirado
dos livros canônicos de Mateus, Marcos,
Lucas e João, e jamais pode ser omitido.
É falta gravíssima não
proceder a leitura do Evangelho ou substitui-lo
pela leitura de qualquer outro texto, inclusive
bíblico.
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Ao
encerrar a leitura do Evangelho, o sacerdote
ou diácono profere a expressão:
"Palavra da Salvação!"
e toda a comunidade glorifica ao Senhor, dizendo:
"Glória a vós, Senhor!".
Neste momento, o sacerdote ou diácono,
em sinal de veneração à
Palavra de Deus, beija a Bíblia (rezando
em silêncio: "Pelas palavras do santo
Evangelho sejam perdoados os nossos pecados")
e todo o povo pode voltar a se sentar. |
10.
HOMILIA (SERMÃO)
A homilia nos recorda o Sermão da Montanha,
quando Jesus subiu o Monte das Oliveiras para
ensinar todo o povo reunido.
Observe-se que o altar já se encontra,
em relação aos bancos onde estão
os fiéis, em ponto mais alto, aludindo
claramente a esse episódio.
Da mesma forma como Jesus ensinava com autoridade,
após sua ascensão, a Igreja recebeu
a incumbência de pregar a todos os povos
e ensinar-lhes a observar tudo aquilo que Cristo
pregou. A autoridade de Cristo foi, portanto,
passada à Igreja.
A homilia é o momento em que o sacerdote,
como homem de Deus, traz para o presente aquela
palavra pregada por Cristo há dois mil
anos. Neste momento, devemos dar ouvidos aos
ensinamentos do sacerdote, que são os
mesmos ensinamentos de Cristo, pois foi o próprio
Cristo que disse: "Quem vos ouve, a mim
ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita"
(Lc 10,16). Logo, toda a comunidade deve prestar
atenção às palavras do
sacerdote.
A homilia é obrigatória aos domingos
e nas solenidades da Igreja. Nos demais dias,
ela também é recomendável,
mas não obrigatória. |
11.
PROFISSÃO DE FÉ (CREDO)
Encerrada a homilia, todos ficam de pé
para recitar ou cantar o Credo. Este nada mais
é do que um resumo da fé católica,
que nos distingue das demais religiões.
É como que um juramento público,
como nos lembra o pe. Luiz Cechinatto.
Da mesma forma que o Hino de Louvor, caso o
Credo seja recitado, poderá ser adotado
dois coros, para expressar uma maior beleza.
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Embora
existam outros Credos católicos, expressando
uma única e mesma verdade de fé,
durante a missa costuma-se a recitar o Símbolo
dos Apóstolos, oriundo do séc.
I, ou o Símbolo Niceno-Constantinopolitano,
do séc. IV.
O primeiro é mais curto, mais simples;
o segundo, redigido para eliminar certas heresias
a respeito da divindade de Cristo, é
mais longo, mais completo. Na prática,
usa-se o segundo nas grandes solenidades da
Igreja.
Eis o texto desses símbolos:
1.
Símbolo dos Apóstolos:
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do
céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho,
nosso Senhor;
que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos;
foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu as céus;
está sentado à direita de Deus
Pai todo-poderoso, donde há de vir
a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo;
na Santa Igreja católica;
na comunhão dos santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna.
Amém.
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2.
Símbolo Niceno-Constantinopolitano
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
criador do céu e da terra, e de todas
as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai
antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de
Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao
Pai.
Por ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação,
desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito
Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
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Também
por nós foi crucificado sob Pôncio
Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras
e subiu aos céus, onde está sentado
à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá
a vida, e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica
e apostólica.
Professo um só batismo para a remissão
dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos
e a vida do mundo que há de vir.
Amém.
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12.
ORAÇÃO DA COMUNIDADE
A Oração da Comunidade ou Oração
dos Fiéis, como também é
conhecida, marca o último ato do Rito
da Palavra. Nela toda a comunidade apresenta
suas súplicas ao Senhor e intercede por
todos os homens.
Alguns pedidos não devem ser esquecidos
pela comunidade:
•
As necessidades da Igreja.
• As autoridades públicas.
• Os doentes, abandonados e desempregados.
• A paz e a salvação do
mundo inteiro. |
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Além
destas, deve a assembléia apresentar
outras de caráter local, específicas
da comunidade. A introdução
e o encerramento da Oração da
Comunidade é feita pelo sacerdote.
Quando possível, devem ser feitos espontaneamente.
As preces podem ser feitas pelo comentarista
ou, melhor ainda, pelos próprios fiéis.
Cada prece deve terminar com a expressão:
"Rezemos ao Senhor!", para que a
comunidade possa responder com: "Senhor,
escutai a nossa prece!" ou "Ouvi-nos,
Senhor!"
Quando o sacerdote conclui a Oração
da Comunidade, dizendo, por exemplo: "Atendei-nos,
ó Deus, em vosso amor de Pai, pois
vos pedimos em nome de Jesus Cristo, vosso
Filho e Senhor nosso.", a assembléia
encerra com um: "Amém!".
Termina, então, a segunda parte da
missa e inicia-se a terceira parte: o Rito
Sacramental.
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Fones
51 3493.1882
Av. Liberdade - Santa Isabel - Viamão - RS -
Brasil |
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